O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta quinta-feira (14) que não vê ambiente no Congresso para uma anistia ampla, geral e irrestrita, como defendem apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Motta destacou que, apesar da pressão de aliados de Bolsonaro na última semana, que ocuparam plenários da Câmara e do Senado para cobrar medidas de anistia aos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, não há consenso para beneficiar pessoas que tiveram papel central nos episódios.
“O que pode ser discutido são casos de participantes que não tiveram função relevante e acabaram recebendo penas altas, que poderiam progredir para regimes mais brandos”, explicou o deputado. Ele sugeriu ainda que um projeto alternativo, que não configure anistia, teria maior chance de avançar entre partidos de oposição e da base governista.
Motta reiterou que as discussões podem ser retomadas com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e representantes do STF, mas ressaltou a importância de preservar a gravidade dos acontecimentos de 8 de janeiro e evitar sua repetição.
Sobre o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que permanece nos Estados Unidos após licença do mandato, Motta criticou a postura do parlamentar, afirmando que atitudes que prejudicam o país, empresas e a economia não podem ser toleradas. “Temos total discordância com essas atitudes, que são indefensáveis e prejudicam interesses nacionais”, declarou.




