Prefeitura de Baía da Traição estuda alargamento nas praias para conter avanço do mar

Redação Portal de JP

A Prefeitura de Baía da Traição, situada no Litoral Norte do estado, está em busca de recursos para aumentar a faixa litorânea do município. A iniciativa, segundo a administração, tem o objetivo de prevenir o avanço do mar e os danos à população local. Recentemente, a Assembleia Legislativa da Paraíba declarou estado de calamidade pública, facilitando assim a obtenção de recursos federais e estaduais. O projeto de alargamento está estimado em R$ 85 milhões.

O coordenador da Defesa Civil Municipal, Wenisson Medeiros, relatou que o governo local vem utilizando a estratégia de posicionar pedras em certas áreas, contudo, os resultados não têm sido os esperados, levando à consideração do alargamento.

“A Defesa Civil, em conjunto com a administração municipal, tem implementado ações para deter o avanço do mar, como a instalação de pedras nas regiões mais impactadas. Tem sido eficaz? Não. No entanto, estamos conseguindo desacelerar o avanço do mar para que não progrida rapidamente. A longo prazo, procuramos recursos para realizar a ampliação da praia. Estudos já foram realizados no município”, esclareceu ao MaisPB.

Medeiros assegurou que o processo de ampliação não prejudicará os corais existentes. “Conforme o estudo realizado, não interferiríamos em nenhuma estrutura de recifes, evitando danos”, afirmou.

A principal preocupação dos habitantes e da Prefeitura é com a possibilidade do mar invadir a cidade de tal maneira que afete os rios, acarretando problemas, inclusive no abastecimento. Outra inquietação é a destruição de estradas que dão acesso às aldeias indígenas, o que poderia impactar negativamente tanto a cultura local quanto a economia.

O PREAMAR PB alerta que a situação requer atenção, mas recomenda prudência. O coordenador do Programa Estratégico de Estruturas Artificiais Marinhas da Paraíba, professor Cláudio Dybas, enfatizou a necessidade de estudos técnicos que envolvam a Prefeitura, o Governo do Estado, o Governo Federal e especialistas do setor.

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